domingo, 8 de maio de 2016

RESENHA: Livro - A Menina Submersa


Livro: A Menina Submersa - Memórias
Autor (a): Caitlín R. Kiernan
Editora: DarkSide
Páginas: 317
Avaliação: 3/5
Sinopse oficial: “A Menina Submersa – Memórias” é um verdadeiro conto de fadas, uma história de fantasmas habitada por sereias e licantropos. Mas antes de tudo uma grande história de amor construída como um quebra-cabeça pós-moderno, uma viagem através do labirinto de uma crescente doença mental. Um romance repleto de camadas, mitos e mistério, beleza e horror, em um fluxo de arquétipos que desafiam a primazia do 'real' sobre o 'verdadeiro' e resultam em uma das mais poderosas fantasias dark dos últimos anos. Considerado uma 'obra-prima do terror' da nova geração, o romance é repleto de elementos de realismo mágico e foi indicado a mais de cinco prêmios de literatura fantástica, e vencedor do importante Bram Stoker Awards 2013. A autora se aproxima de grandes nomes como Edgar Allan Poe e HP Lovecraft, que enxergaram o terror em um universo simples e trivial - na rua ao lado ou nas plácidas águas escuras do rio que passa perto de casa -, e sabem que o medo real nos habita. O romance evoca também as obras de Lewis Carrol, Emily Dickinson e a Ofélia, de Hamlet, clássica peça de Shakespeare, além de referências diretas a artistas mulheres que deram um fim trágico à sua existência, como a escritora Virginia Woolf.

RESENHA
“Vou escrever uma história de fantasmas agora”, ela datilografou.“Uma história de fantasmas com uma sereia e um lobo”, ela datilografou mais uma vez.Eu também datilografei.

Diagnosticada com esquizofrenia paranoica, India Morgan Phelps percebeu que herdara a “Maldição da Família Phelps”. Sua mãe e avó tinham a mesma doença, mas não persistiram o bastante na luta contra ela. As duas se suicidaram e Imp procura não seguir pelo mesmo caminho tomando doses diárias de medicamentos e fazendo acompanhamento psicológico.

Ela nos conta sua história de fantasmas através de uma narrativa não linear, o que acabou me causando algum estranhamento no início. Desde o princípio somos avisados sobre sua memória falha, por tanto nunca podemos ter certeza de que o que ela nos conta realmente aconteceu e se foi daquela forma.

Conhecemos um pouco de sua história, de como ela conheceu sua namorada Abalyn – com quem tem um relacionamento lindo e muito bem desenvolvido – e finalmente como ela conheceu Eva May Canning, responsável por lhe trazer pesadelos e sobre quem ela deseja falar.

“Mas a parte triste das janelas é que a maioria delas abre para os dois lados. Elas permitem que você olhe para fora, mas também deixam que alguma outra coisa que acontece olhe para dentro.”


Imp é um tanto obcecada com algumas histórias e obras de arte, em especial por A Menina Submersa e Fecunda Ratis. Usando esses quadros como “base”, ela nos conta um pouco sobre sua relação com as duas Evas: a sereia e o lobo.

A premissa em si é muito diferente do habitual, o que acabou chamando minha atenção. Mas a leitura não fluiu da forma que eu esperava. O livro apresenta uma escrita densa e lenta, que precisa de tempo e paciência para ser absorvida. Os capítulos também são bastante extensos, o que acabou sendo um problema para mim já que particularmente prefiro capítulos curtos.

Minhas expectativas pelo livro eram altíssimas e talvez por isso eu tenha me decepcionado. Imp divaga muito ao nos contar sua história e mesmo que no fim das contas tudo se encaixe, isso acabou me causando algum desconforto na leitura e a tornando ainda mais arrastada.

Comprei a edição em capa dura e como sempre a DarkSide fez um excelente trabalho. Todos os detalhes da capa são muito bem trabalhados, assim como todo o acabamento no geral.

Já vi muitos comentários positivos sobre o livro, assim como negativos. A Menina Submersa definitivamente merece uma chance, talvez a história de Imp tenha sobre você o efeito que não teve sobre mim.

“Não são as coisas pequenas”, falou Eva uma vez. “É o que elas acrescentam.”

E aí? O que você achou do livro? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário